“É a última fronteira”, diz o baterista do Maná, Alex González, sobre o Brasil. Ele sabe que o grupo mexicano não tem aqui tanto poder quanto entre os falantes de espanhol. Mas há um plano para mudar o cenário. “Você é minha religião”, novo disco da banda para o mercado brasileiro, tem antigos sucessos e quatro novos duetos com Luan Santana, Thiaguinho, Jorge & Mateus e Jota Quest (clique aqui para ver entrevista da banda ao G1 e ouvir trechos dos duetos do Maná com artistas brasileiros).
O grupo complementa o plano de "invasão ao Brasil” com uma turnê, que já passou pelo Rio, no dia 23, e vai a São Paulo, no Credicard Hall, nesta sexta-feira (26), Belo Horizonte, no Chevrolet Hall (28) e Porto Alegre, no Pepsi on Stage (1º de novembro).
“É um trabalho difícil, mas estamos empenhados. Por isso estamos lançando este CD com quatro artistas: para entrar no mercado de vocês”, deixa claro Alex. A banda já teve músicas em várias trilhas de novelas brasileiras – a mais conhecida é “Vivir sin aire”, de “Mulheres apaixaonadas” - e fez grandes shows como no Rock in Rio em 2011, antes de Maroon 5 e dos amigos Coldplay. Mas eles querem o status de atração principal.
“Queremos que a música de Maná tenha boa química com o Brasil. E que o país possa amar nossas histórias, canções”, diz o vocalista Fher Olvera. Ele admite que não deu tanta atenção ao país no passado. “Faltou vir ao Brasil, procurar traduzir os símbolos que usamos nas nossas canções. Agora, com quatro artistas grandes e talentosos, nos aproximarmos um pouco mais do coração brasileiro”, espera.
Sertanejos e sambista
Muitos fãs estranharam o encontro do Maná, visto como pop-rock no Brasil, com os sertanejos Jorge & Mateus, já divulgado no YouTube. “Nosso sonho sempre foi ser um grupo popular. Queremos chegar às massas, não só ao pop-rock”, justifica Alex. O vocalista define: “A verdade é que o Maná é uma música mestiça”, diz, citando como influência o trio popular latino Los Panchos, além de Queen e Led Zeppelin.
Escutar Thiaguinho cantando “Lábios divididos”, deixou o cantor do Maná intrigado “Uau, isso eu não sei fazer!”, pensou ao ouvir o ex-Exaltasamba dar novo balanço à versão de “Labios compartidos”. O Jota Quest, segundo o cantor, também deu uma pegada nova em “Raiando o sol”, “mais rock´n roll”. “É refrescante poder escutar suas músicas em visões diferentes”, diz.
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